quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A política do Blog não permite links comerciais, sequer qq links.
Suspenderam a visualização por muito tempo, então... Leiam e compreendam que

Atendendo a pedidos, peço que visitem as Salas Verdes e também os:

hebdomario ponto com

diariodoprofessor ponto com

Após muito tempo, voltamos a dar uma bola no Blog.
O fim da Casa do Gestor Catalizador não causou o fim de nossos poéticos encontros.
Foi antes uma certa desmobilização e desinteresse, totalmente individuais.
Uma pena, pois são poucos que se dispõem a iniciar,
muitos abandonam facilmente as idéias. Ficam lembranças.

Não foi uma atitude vã e alguns continuam conectados, em poesias, contos e muito mais!

Waldir Cândido continua em alta, com apoiadores para suas peças teatrais, inclusive Pirô, carro chefe de sua autoria.

Neusa Nascimento continua sua batalha no Ciacac,
contando inclusive com participações especiais em suas oficinas.

Alexandre Santos, este que vos escreve, optou pela cozinha das letras, onde misturas de letras e temperos poéticos já estão no forno. Mais trinta minutos e poderemos saborear um delicioso ensopado de palavras.

Aproveito, deixo saudações aos amigos Delmo, Feijah'n Soul, Bongo, Mauro Rasta, Mauro, ao seu Oswaldo, que há muito não aparece.
E aos demais, esquecidos, peço desculpas e vou em frente.
A fila anda...

Alexandre Santos

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Divulgando Blogs de Poesia

http://www.veropoema.net/

http://victorpaes.blogspot.com/

http://www.florespragasesementes.blogspot.com/

http://naldovelhopoesia.blogspot.com/

http://www.almadepoeta.com/capa.htm

http://www.novosuivos.blogspot.com/

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Sexta Reunião

Poesias, Contos e Encontros

Nosso bordão de chamada:
- Esse Blog foi criado para postagem de poesias e contos de autoria dos participantes que se reúnem periódicamente na ComCat para ler ou ter suas obras lidas e apreciar a obra de outros.
- Para melhor leitura do blog: aqui em cima são as últimas informações, lá embaixo estão as primeiras postagens - confiram nossa evolução! -As reuniões são marcadas seguindo um periódico quinzenal, com data definida a cada encontro de acordo com a possibilidade dos participantes.

- Convocamos você a integrar nosso grupo literário. Não perca tempo! Venha nos conhecer!

Para chegar na ComCat:
1. Da Praça Mauá, caminhe até o Largo São Francisco da Prainha (com casas estilo histórico). 2. No Largo, olhe para as janelas das casas históricas no larguinho - as janelas amarelas são nossas e terão uma faixa na janela - ComCat. 3. A Casa é no Largo, mas a entrada é na viela atrás, Beco João José No. 7. Nosso endereço: Beco João José No. 7, Bairro Saúde - Rio de Janeiro, RJ - CEP 20081-150 - o telefone da Casa é: 21-2213-2798. É sempre bom agendar sua visita, se for possível. . . .

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Mostra Internacional do Filme Etnográfico - 12ª edição.

Dica Quentíssima !

A Mostra traz o chamado cinema de ‘documentário etnográfico’, amplo painel de filmes com debates, mesas redondas e seminários. Melhor - tudo de GRÁTIS!!
O cinema etnográfico dedica-se a diversidade das culturas, a dinâmica da vida social, suas questões e temas. Trata-se de um olhar para identidades, singularidades da cultura de diversos povos que vivem o mundo globalizado. Veja a programação completa. (instalar programa "adobe acrobat reader" - PDF)

Locais de Exibição: CAIXA Cultural – Av. Almirante Barroso, 25 Centro
Sessões diárias às 14.30, 16.30, 18.30; Cinema Espaço Museu da República – Rua do Catete 153
Sessões diárias às 14hs, 16hs, 18hs, 20hs.; Salas de Visionamento individual dos filmes durante a 12ª Mostra: CAIXA – sobreloja. De: de 08 a 13 de novembro, de 10 às 20 horas
Dia 14 de novembro, de 10 às 16 horas.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Quinta Reunião

Quinta Reunião
Ok. Fechado dia 8 de outubro então. 15:00 hs. (post da Neuza)


Vou enviar um e-mail avisando à todos e, assim que eu tiver tempo, encaminharei dois e-mails das pessoas que disseram que vinham e não compareceram.
A festa da ComCat na sexta feira foi boa sim. Faltou você, Alexandre, para escutar um samba muito bom. Fica pra próxima.
E, sobre o Morro da Conceição e poesia, só podemos fechar alguma coisa depois que os outros se posicionarem, certo?
E a filipeta? Agora estou na duvida. Você e o Waldir aprovaram?
Posso tentar imprimir?
Besos a todes.

**Do amigo Feijah'N, a quem tentei dar um toque sobre grafia incorreta, ele avisa aos incautos: existe acalanto e também existe acalento - ambas as definições significam Canção para ninar crianças. (post Alexandre)


Dicas Quentes

“O poeta é Gente?!” - A Cia Todo Tempo do Mundo apresenta o espetáculo 'O Poeta é Gente?!’ . Texto de Leandro Luiz. Com Amanda Kersting, Arley Veloso, Bárbara Lopes, Carla de Torrez, Daniel Braga e Leandro Luiz no elenco. Informações: 2523-9794. Local: Teatro Ipanema
Endereço: Rua Prudente de Moraes, nº 824 - Ipanema.
Horários: Sextas e sábados, às 00h.

Os nossos aliados culturais Ricardo e Sueli, informam, diretamente de Belo Horizonte que a página
www.sarautropeiro.com já está disponível para visitas. Lá tem poesia, cantoria e outras iguarias mineiras. A página é uma ação colaborativa entre Alexandre Ribeiro, Marco Lobo, Rede Catitu Cultural e muitos amigos, poetas e ativistas culturais de Minas Gerais.

O nosso grande aliado cultural e poeta Marcelo Girard nos informa que no endereço
http://oglobo.globo.com/blogs/paralelos/ nós todos poderemos ouvir e ler poemas. É a Rádio Poesia Mix dando uma demonstração de força e vitalidade da arte poética.

Verde
......... de João Guimarães Rosa


Na lâmina azinhavrada
desta água estagnada,
entre painés de musgo
e cortinas de avenca,
bolhas espumejam
como opalas ocas num veio de turmalina:
é uma rã bailarina,
que ao se ver feia, toda ruguenta,
pulou, raivosa, quebrando o espelho,
e foi direta ao fundo,
reenfeitar, com mimo,
suas roupas de limo...


São as dicas do Professor João Luiz de Souza, Assessor de Cultura da UNIVERSO, grande apresentador no Corujão da Poesia, todas as terças após a meia noite na livraria Letras e Expressões - bairro Leblon.


segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Olha aí, dom Waldir !!

(post do Alexandre)

Olha aí, dom Waldir!
A tal poesiazinha que lhe dediquei! Na intenção de decorar nosso blog, não apenas com fotos dos encontros, mas poesias também - publiquei a doida!
Grande abraço a todos que curtem poesia.
-ps: está com a grafia errada, pois é assim mesmo, com tendências ao palavreado falado. Bom espetáculo!



.


Paiaço Mineirim


Eis o dia em que nasci:

mineirim... purim... Êta, Mulequim!

E foi assim. E assim fui indo...

A mãe, não conheci; o pai dava que dava em mim.

Foi tudo desse jeito, tudo meio assim:

‘cordava inda noite, ordenhar, dar de comer pros gado tudo,

Na boquinha dos bichim...

Dispois capinar, um tantinho pra comer

E o dia foi-se no cabo da foice.



Mar, num tinha mar...

Uai?! Era da roça, sô!

Só a idade pra me trazer o mar,

que era dia de feira,

dia de festa na ribeira,

cachaça, forrobodó e esteira.



Era só na função, sô!

Era mar de mardade...





Foi daí, daí sim, que conheci Lucimar,

Guiomar, Marluce, Marlene, Diadorim...

Muié macho que só!

Só que não era muié pra mim.

Diadorim era o mundo.

Por tudo era esse sertão, lonjura que não cabe em mim.

O tempo, de menino,

de um momento pro outro, não era mais não.

Era homi, naquele instante,

um momentim pra cuspir, pra acordar,

pra acreditar em mim:

Menino não era mais não!

Fugi.





Não tinha mãe, então, fugi...



Fugi com um circo de um palhaço doido.

Fiquei doído no chifre do touro,

Fiquei mangado com aquela graça...

Ganhei riso, ganhei choro, só ouro é que num vi.

O palhaço é o mar, o mar da mardade...

É encanto pras crianças, feitiço pras muiézada,

Que Deus, só de vingança, só de palhaçada

Tirou mãe, tirou remanso, tirou chance de dim-dim.

Palhaço é bicho ruim...



Palhaço e jagunço é tudo assim:

motivo de canção, de danação, de desafio,

Um mar de tristezas, desatinos,

Sem mãe pra aconchegar,

Sem eira pra cuidar, sem beira pra parar,

Tudo isso: circo, mãe e mar,

Me fez lembrar Diadorim.

Muié macho que só...



E foi de sangue esse pacto.

Por tudo esse mundão,

Eu sou ela, ela em mim,

Nessa lonjura que me acabo...

Sigo sem pouso e sozinho

Sem olhar pra trás, nem pro lado.

Sem mãe, sem circo,

mas sem ver o mar é que não paro:

Eu, Diadorim somo é do tipo macho!



E de cálculo com o diabo:

Já não era mãe, nem mar, nem circo,

E era difícil ver o céu tão limpo

O bolso sempre vazio.

Foi quebranto que me butaro!

O chuveirinho de prata, a lágrima do palhaço,

Foram ficando para trás, nas paragens do passado.

E ganhei a praça desse jeito assim:

Não é que o sinistro espreita?

De torto já num endireita,

Olhei no horizonte e vi:

Era tanto dos edifícios.

Onde moram os tipos ricos,

Que freqüentam os espetáculos...

– Foi pra tumar o que é meu que eu fugi!





Na febre do ouro eu fui:

Do alheio vendi bode,

Do amigo tumei dinheiro...

Se perguntou – como é que pode?

Isso também eu não ouvi.

Como já disse: antes – fugi.

De boléia, de carro, de ônibus e inté de carroça.

Num fiquei pra ver que fim, maldito fim,

Afinal teve aquela roça.



Meu fim, único fim, era ver o mar.

Mergulhar na cidade grande, nas paragens do litoral.

Êta, cidade-mar, sô!

Tão grande, tão grande...

Tão cheia de luzes, de edifícios, de postes

E tanta gente, gente pobre,

Que como pode também não tem fim.

E assim descobri que gente rica tem um lema:

Manda quem pode, obedece quem tem juízo

E quem não tem nada, nem isso,

Na vida só arruma problema.

Vive sempre escondido, catado pela polícia,

Numa vida de rapina,

Esquema que não cabe em mim.



Nunca fui de preguiça.

Fui pedreiro, fui ligeiro, fui esperto que não tem fim.

Dinheiro fiz e também perdi...

Isso, afinal, só pode ser sina...



Esse foi o mar, mar de pedras que escolhi,

Rua sem saída, sem sequer uma esquina,

Praga maldita em que me meti.



Um dia o circo passou...

E lembrando do menino,

Menino danado que um dia nasci,

Adentrei novamente o picadeiro,

Tão certo de que dinheiro não havia ali.

Esperto de que o circo era tudo...

Era mãe e era pai, pra quem nem tudo é dinheiro.

Era o teto, o limite, os aplausos prum mulequim mineiro.

Prum roceiro na cidade grande, tão grande,

Tão grande que não tem mais fim.

Meu mar era circo...

Era eu palhaço, no riso; no trapézio Jacira; na magia Soraia...

Era eu, Soraia e Jacira: palhaço das crianças, amante das artistas,

Tudo isso só pra mim.

O sorriso dos meninos,

Sempre guardado no peito.

Amamentado por Jacira, por Soraia...

Era tudo tão sertão, tão sertão e tão praia.

Era a vida...



A vida longe da morte,

Era a sorte de circo e saia,

A vida de um mineirim,

Palhaço, sorriso largo,

De colarinho um bocado folgado,

‘inda que um tanto chinfrim...



Êta marzão, sô!

Era mãe, mar e circo.

Tudo aquilo que eu quis pra mim!

.
.


Ainda sobre o Dia das Crianças...



Quando tivemos nosso Terceiro encontro lancei uma nota sobre o São Cosme e Damião... que seria uma data mais democrática que o Dia das Crianças, quando só algumas ganham presentes. Maior coincidência, ouvi na rádio Band News o jornalista Boechat comentar sobre um texto da senhora Yvonne Bezerra de Mello. Senhora bonitona, dos mais finos tratos, não se perdeu não: resolveu ajudar as crianças, dessas que vivem pelas ruas. Apareceu muito na TV na época dos meninos da Candelária, antes da chacina. Hoje ela coordena o projeto Uerê, que ajuda muitas famílias e crianças. Pois saiu, em 7 de outubro de 2007, no caderno Opinião de O Globo uma matéria de sua autoria sobre o tema: Dia das crianças, me poupa!



Fui autorizado por ela para fazer este breve post. Se eu falei mal sobre o consumismo nesta data, vejam como ela termina seu enredo:



"Uma reflexão no porquê perdemos o nosso sentido de justiça, de ética, de moral. É triste constatar que aqui morrem mais jovens e crianças assassinadas em casa, no transito, nas ruas, mais do que nos paises em guerra. Todos os dias deveriam ser dia da criança mas já que existe um dia específico deveria ser um dia de reflexão para todas as famílias brasileiras e não só um dia onde o brinquedo é a parte mais importante."


Yvonne Bezerra de Mello -
Coord. do projeto Uere

- quer ajudar também? vá lá visitar!



www.projetouere.org.br/

fim